Segundo o Dr. Drauzio Varella, a Enxaqueca,
também conhecida por migrânea, é um distúrbio neurovascular crônico e
incapacitante, com base biológica que acomete as pessoas geneticamente
predispostas.
Esse tipo de cefaleia primária pode ocorrer em qualquer idade, mas
costuma manifestar-se mais em adolescentes e adultos jovens e afeta mais
as mulheres do que os homens.
Em cerca de 15% dos casos, o quadro de dor é precedido (ou
acompanhado) por uma aura premonitória que envolve sintomas
neurológicos. Sua principal característica é o embaçamento da visão ou a
presença de pontos luminosos, em zigue-zague ou manchas escuras nos
períodos que precedem as crises dolorosas.
Atenção: pessoas que sofrem de enxaqueca com aura, especialmente as
fumantes que fazem uso de pílulas anticoncepcionais, têm risco aumentado
de sofrer acidentes vasculares cerebrais.
Causas
A enxaqueca é uma doença multifatorial, mas algumas de suas possíveis causas ainda continuam indefinidas.
No entanto, já se sabe que existem alguns gatilhos que podem
desencadear as crises, tais como: jejum prolongado, estresse, insônia,
chocolate, queijos fortes, embutidos, consumo excessivo de café e de
bebidas alcoólicas, fumo, alterações hormonais, certos perfumes e o
açúcar.
Sintomas
O sintoma típico da enxaqueca é uma dor latejante e pulsátil,
geralmente unilateral, de intensidade moderada ou forte, acompanhada por
náusea e vômitos, hipersensibilidade à luz (fotofobia), aos sons
(fonofobia) e a certos odores (osmofobia), que se mantém de quatro a 72
horas e piora com o movimento.
Irritabilidade, depressão, agitação são transtornos de humor que podem estar associados às crises de enxaqueca, ou antecedê-las.
Diagnóstico
O diagnóstico é clínico baseado no levantamento da história familiar e
nas queixas do paciente Para defini-lo, basta que a dor esteja
acompanhada por três ou quatro dos sintomas acima enumerados.
Tratamento
O tratamento da enxaqueca leva em consideração as características da dor e a frequência das crises. O objetivo é suprimir os sintomas e evitar a incidência de novos eventos. Nos episódios agudos, os analgésicos comuns, eventualmente associados a outras drogas, podem representar uma solução eficaz contra a dor, especialmente se tomados assim que surgirem os primeiros sintomas. Pacientes que não respondem bem a esse esquema terapêutico podem recorrer aos triptanos, uma classe de drogas com mecanismo mais específico de ação.
No entanto, é preciso cuidado: o uso repetido desses remédios, o
abuso de analgésicos e o aumento progressivo das doses necessárias para
alívio da dor podem resultar num efeito rebote cujo resultado é o
agravamento dos sintomas.
Já está comprovado que mudanças no estilo de vida e evitar os
gatilhos que disparam as crises são procedimentos não farmacológicos
indispensáveis para a prevenção da enxaqueca. Alimentação equilibrada,
sono regular, prática de exercícios físicos, redução do consumo diário
de cafeína, controle dos níveis de estresse são medidas que ajudam a
diminuir a frequência e a intensidade das crises.
Recomendações
* Não pule refeições. Jejum prolongado é um dos principais fatores desencadeantes das crises;
* Evite alimentos e bebidas que possam provocar ataques de enxaqueca;
* Pratique exercícios físicos regularmente;
* Estabeleça horários para deitar-se e levantar-se e procure respeitá-los;
* Tente reservar algum tempo para o lazer. Relaxe. Não vai adiantar nada sofrer por antecipação.
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