Ainda hoje não se sabe exatamente o que causa o câncer de mama,
mas ja se sabe de alguns fatores de risco associados à doença. Fator de risco é
qualquer coisa que aumente as chances de aparecimento de uma doença.
Alguns podem ser controlados (como fumo, hábitos alimentares) e outros
não, como idade e histórico familiar. Mas a exposição a um ou mais
fatores de risco não significa que a mulher vá necessariamente ter
câncer de mama; apenas que corre maior risco de ter a doença.
Veja aqui alguns desses fatores de risco:
- Sexo: ser mulher é o principal fator de risco para desenvolver a
doença. Homens também podem ter a doença, mas ela é 100 vezes mais comum
em mulheres.
- Idade: o risco de desenvolver a doença aumenta com a idade. Ao
redor de 18% dos cânceres de mama são diagnosticados em mulheres com
aproximadamente 40 anos, e 77% em mulheres com 50 anos de idade ou mais.
- Histórico familiar: ter mãe, irmã ou filha com a doença aumenta o
risco de a mulher ter a doença, entretanto, o exato risco é
desconhecido. Ao redor de 20% a 30% das
mulheres portadoras de câncer de mama possuem parente com o mesmo
diagnóstico.
- Mutações genéticas: entre 5% e 10% dos cânceres de mama estão
associados a certas mutações genéticas, a mais comum nos genes chamados
BRCA1 e BRCA2. Mulheres que têm essas mutações têm até 80% de chances de
desenvolver câncer de mama por volta dos 70 a 75 anos.
- Histórico pessoal de câncer de mama: mulheres que tiveram câncer
em uma mama têm maior risco (3 a 4 vezes mais) de ter câncer na outra
mama, ou mesmo em outra parte da primeira. Não se trata de recidiva
(volta do câncer), mas de um novo tumor na mesma mama.
- Fatores étnicos: mulheres brancas têm risco levemente maior que as
negras (na população norte americana), mas estas correm maior risco de
morrer da doença, pois apresentam tumores mais agressivos. O risco é
menor em mulheres asiáticas e indígenas.
- Biópsia anterior anormal: certos tipos de anomalias encontradas em biópsias prévias podem aumentar o risco de câncer de mama.
- Radioterapia anterior no tórax: mulheres, quando crianças ou
adultos jovens, submetidas à radioterapia na região do tórax têm risco
consideravelmente maior de desenvolver câncer de mama.
- Período menstrual: mulheres que começaram a menstruar cedo (antes
dos 12 anos) ou que entraram na menopausa após os 55 anos têm risco
ligeiramente maior de ter câncer de mama.
- Tratamento com dietilestilbestrol: no passado, grávidas tomaram essa droga para reduzir o risco de aborto espontâneo. Mais tarde descobriu-se que o medicamento tinha efeitos teratogênicos (causando mál-formações) e carcinogênicos.
- Não ter filhos: mulheres que não tiveram filhos ou só tiveram
depois dos 30 anos, têm risco levemente aumentado de ter câncer de mama.
Ter mais de um filho quando jovem reduz o risco de câncer de mama.
- Gravidez e amamentação:
alguns estudos mostram que amamentar reduz levemente o risco de câncer
de mama, especialmente se a mãe amamenta por um ano e meio ou dois.
Porém, outros estudos não demonstraram o impacto da amamentação sobre o
risco do câncer de mama. O motivo parece ser o fato de a amamentação
reduzir o número de períodos menstruais da mulher, assim como a
gravidez. Um dos motivos para o aumento dos casos de câncer de mama é
uma conjugação de fatores comportamentais: as mulheres menstruam mais
cedo, têm filhos mais tarde (após os 30 anos) e menos filhos que suas
avós e bisavós. Isso significa que suas células da mama são expostas a
mais estrogênio.
- Consumo de álcool: o consumo de bebidas alcoólicas está claramente
associado a aumento do risco de ter câncer de mama. Mulheres que bebem
uma dose de álcool por dia têm risco levemente maior. As que bebem de 2 a
5 doses diárias têm risco uma vez e meia maior do que as que não bebem.
- Alimentação: ter excesso de peso está associado a maior risco de
câncer de mama, especialmente se o aumento de peso ocorreu na idade
adulta ou após a menopausa. O risco parece maior se a gordura se
concentra na região da cintura. A recomendação dos especialistas é de
uma dieta equilibrada, rica em fibras e com pouca gordura, evitando-se
principalmente as carnes vermelhas.
- Exercícios: estudos mostram que a prática regular de atividade física reduz as chances de ter câncer de mama.
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